Quem disse que o tempo cura?
Quem disse que o tempo é rei?
O tempo esse mano velho, engana nós todos. Há quem diga que ele não exista. Assim, como a gente o desenhou. O passado, presente e futuro, não são filhos do tempo, todos são irmãos do invento. Falam por aí, que se precisa de tempo, pra viver. Já há quem diga que não precisa catalogar o passado e futuro, pra ser mais completo aqui e acolá, tudo acontece ao mesmo tempo, ou intento. É o que dizem, as línguas tupis. Nosso tempo, o tempo do branco existe assim, numa produção cartesiana e inútil, de contar, o tempo. Hoje conto 33, são 33 alegres primaveras, felizes verões e tristes outonos e invernos. são 33 tentativas de acertar e mesmo assim continuo errando. O 33 enigmático e poético, me convida a refletir a idade de Cristo e que junto a minha data de aniversário, 22, fazem uma bela junção numérica, 22.33. Com essa contagem vem também todos os encargos de esteriótipos, símbolos e arquétipos de quem se tem 33 tempos. ah! Quão adulto estás. ah como o tempo passa rápido! Já tens um bom emprego e filhos? Hum, imagino que já pense mais no futuro. E seus investimentos como andam?… E para qualquer mínimo problema da vida, tudo se resume a uma questão de tempo. Fim. e assim o mundo se torna cada vez mais chato e cartesiano. O que fazeres mente e corpo 33 pra subverter esse padrão global do tempo e seus contornos metodistas e esquizofrênicos? são 33 vezes em que me perco e continuo sem entender boa parte desse mundo, começando por: por que mesmo contamos o tempo? Quem é tempo?!